Economia

Em SP, Levy defende permanência do Estado como indutor de infraestrutura

Em SP, Levy defende permanência do Estado como indutor de infraestrutura Em SP, Levy defende permanência do Estado como indutor de infraestrutura Em SP, Levy defende permanência do Estado como indutor de infraestrutura Em SP, Levy defende permanência do Estado como indutor de infraestrutura

Liberal com especialização em economia pela Universidade de Chicago, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, defendeu a permanência do Estado no setor de infraestrutura, como indutor e organizador de projetos.

No seminário Parceria Público-Privada (PPP) e Concessões, em São Paulo, Levy disse nesta sexta-feira, 26, que não se pode querer excluir o Estado do processo. Isso porque, de acordo com o banqueiro, projetos de infraestrutura são de longuíssimos prazos e inibe o investidor a alocar recursos para projetos que não tenham garantias de uma instituição como a governamental.

“Estado é o indutor, é o organizador do jogo”, comentou o presidente do banco de fomento, durante o evento organizado pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).

No que se refere à infraestrutura, Levy disse haver duas notícias: uma boa e outra má. A ruim, segundo ele, é que o governo não terá dinheiro para a infraestrutura mesmo que seja aprovada a reforma da Previdência.

A falta de dinheiro, de acordo com ele, não é recente. Vem desde a década de 80, quando os governos aram a investir mais em programas de transferência de renda.

A boa notícia, de acordo com o presidente do BNDES, está no fato de haver muitos recursos disponíveis no mundo à procura de “portos seguros para desembarcar”. O que falta, de acordo com o executivo, são projetos. “Dinheiro tem às pilhas. O que falta são projetos”, afirmou Levy.

Além disso, pesa a favor do Brasil no mundo, no caso específico de investimentos em infraestrutura, o histórico de sucesso do País nesta área. Para ele, a China tem mostrado que a melhor maneira de se atrair recursos externos são obras de infraestrutura.

“Se o Brasil se organizar, a infraestrutura será um bom negócio para atrair capital estrangeiro”, disse Levy, para quem o BNDES continuará sendo um parceiro dos investidores.