Economia

Em alguns pontos Petrobras não tem condições de reduzir reinjeção de gás, diz Magda

Em alguns pontos Petrobras não tem condições de reduzir reinjeção de gás, diz Magda Em alguns pontos Petrobras não tem condições de reduzir reinjeção de gás, diz Magda Em alguns pontos Petrobras não tem condições de reduzir reinjeção de gás, diz Magda Em alguns pontos Petrobras não tem condições de reduzir reinjeção de gás, diz Magda

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, comentou nesta quarta-feira que em alguns campos não será possível reduzir o nível de reinjeção do gás natural – como quer o governo – em função de barreiras na infraestrutura. Parte das plataformas da companhia foram desenhadas em governos ados sem possibilidade de exportação de gás para a costa. Ela disse que esse ponto está sendo revisto, como uma “correção de rotas” da empresa.

O governo quer reduzir a reinjeção do gás natural extraído durante a exploração do petróleo e aumentar o escoamento do produto para o mercado brasileiro. Na ponta, aumentar a oferta e reduzir preços. “Em alguns campos não será possível, em outros sim. Com a Rota 3, por exemplo, vamos trazer gás para a costa e, por óbvio, vamos reduzir a reinjeção de gás. E não vamos reduzir a reinjeção de gás tanto quanto queríamos por essa questão de infraestrutura”, declarou a presidente da companhia, em conversa com jornalistas.

Essa “correção de rota”, acrescentou Chambriard, será feita a partir de novas plataformas. “Nas que estão lá e estão sendo entregues não vai ser possível. Tanto é que o decreto diz que vamos fazer isso onde há viabilidade técnica”, mencionou. “A reinjeção é um assunto delicado, porque evita a possibilidade de comercialização de uma quantidade muito grande de recursos”, disse.

Lula fez na segunda-feira, 26, uma cobrança direta para a Petrobras, avisando que a empresa não pode “queimar gás”. O presidente defendeu ainda que o gás tem de ser “instrumento da cesta básica” e disse que a população não consegue pagar R$ 140 pelo botijão em alguns Estados.

“Uma coisa que eu gostei demais do decreto foi endereçar algo que é muito caro para o mundo: nós não podemos ter um projeto de petróleo, com gás associado em alto mar, que não endereça a possibilidade de exportação de gás para a costa. Neste ponto o decreto está de parabéns”, avaliou a presidente da Petrobras.