Economia

Cenário de 'rápida retomada' deve perder força

Cenário de ‘rápida retomada’ deve perder força Cenário de ‘rápida retomada’ deve perder força Cenário de ‘rápida retomada’ deve perder força Cenário de ‘rápida retomada’ deve perder força

O crescimento de contaminações do novo coronavírus em alguns países deve enfraquecer a “rápida retomada” da atividade econômica vista depois do fundo do poço alcançado no segundo trimestre, na visão da Capital Economics. China e Coreia do Sul estão entre os países que se recuperaram mais e devem continuar na liderança, de acordo com a consultoria, enquanto a Índia e as economias do Sul da Europa e da América Latina ficam para trás.

A discussão continua sendo sobre o formato da recuperação após o primeiro choque. A dúvida inicial é se seria em “V” ou “U”, mas os novos casos acendem um alerta para um possível “W”, com novos tombos à frente.

Para o ex-presidente do Banco Central e atual presidente do conselho do Credit Suisse no Brasil, Ilan Goldfajn, o “V” já existe. “A pergunta, agora, é até onde vai ser o crescimento”, disse ele, em evento online na terça-feira. Ilan observou que o registro de novos casos ainda não tem sido acompanhado de um crescimento de óbitos.

Por causa disso, e também da ocupação moderada dos hospitais, o economista-chefe da Trafalgar Investimentos, Guilherme Loureiro, diz que, no momento, o risco de um lockdown horizontal parece baixo. São prováveis, contudo, novas medidas localizadas, que podem afetar principalmente os serviços de alimentação e turismo.

“A recuperação já aconteceu. As vendas no varejo estão bem fortes nos Estados Unidos e Europa, que também vê recuperação rápida da produção industrial. A questão é como fica daqui para frente.”

Por ora, a Trafalgar não alterou as projeções de PIB globais, com expectativa de queda de 6,5% para a zona do euro, entre 4% e 4,5% para os Estados Unidos e de crescimento de 2,5% para a China.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.