Economia

Calçadistas pedem ao governo que abertura comercial seja gradual

Calçadistas pedem ao governo que abertura comercial seja gradual Calçadistas pedem ao governo que abertura comercial seja gradual Calçadistas pedem ao governo que abertura comercial seja gradual Calçadistas pedem ao governo que abertura comercial seja gradual

Fabricantes de calçados elaboraram pleitos ao próximo governo entre os quais um pedido para que a abertura comercial ocorra de forma gradual e que se evite “concorrência predatória”. O documento da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) foi encaminhado ao senador eleito Luís Carlos Heinze.

A Abicalçados afirma que a redução ou eliminação das tarifas de importação “deve ocorrer de forma sincronizada com a diminuição do Custo Brasil”. A entidade considera que essa seria a forma de dar melhores condições de competitividade para a indústria nacional. “Não somos contra o livre o mercado, mas é preciso ter equidade para a concorrência legal e não predatória”, justifica em nota o presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein.

Nos dez anos entre 2007 e 2017, segundo a Abicalçados, as exportações de calçados saíram de US$ 1,7 bilhão para US$ 1 bilhão, patamar semelhante ao da década de 1990. No mesmo período, o número de empresas na atividade caiu de 8 mil para 7 mil.

A agenda de abertura comercial tem sido um ponto de atenção no setor calçadista. Executivos consideram que ainda é cedo para chegar a conclusões, mas especulam que pode haver aumento em importações e prejuízo para algumas fabricantes de menor eficiência.

“Não é novidade que a indústria de manufatura nacional, em especial a mais intensiva em mão de obra, a por grandes dificuldades competitivas”, diz a nota da Abicalçados.

Ainda sobre o comércio exterior, a entidade pede o restabelecimento do Reintegra nas alíquotas originais do programa, que ao ser implementado em 2012 previa alíquotas de 3% a 5%. Em junho de 2018 houve a redução da alíquota de restituição do programa, de 2% para 0,1%. “A medida do governo prejudicou, e muito, os calçadistas que já haviam fechado seus valores para exportação”, avalia Klein.