Economia

Arrecadação foi mais forte em outubro por questões de calendário, diz Receita

Arrecadação foi mais forte em outubro por questões de calendário, diz Receita Arrecadação foi mais forte em outubro por questões de calendário, diz Receita Arrecadação foi mais forte em outubro por questões de calendário, diz Receita Arrecadação foi mais forte em outubro por questões de calendário, diz Receita

O coordenador de Estudos Tributários da Receita Federal, Claudemir Malaquias, atribuiu na manhã desta terça-feira, 27, a alta expressiva, de 18,64%, na arrecadação de tributos em outubro ante setembro a questões de calendário, já que, em outubro, são pagos tributos trimestrais, como Imposto de Renda e CSLL. Já a arrecadação no ano até outubro apresentou desaceleração no ritmo de crescimento, que, se chegou a ultraar dois dígitos no começo do ano, foi de 5,98% de janeiro a outubro, já descontada a inflação.

Segundo a Receita Federal, contribuiu para a queda o fato de no último semestre de 2017 a base de comparação ter sido inflada pelo pagamento de tributos no último Refis. Só em outubro, foram pagos R$ 5,3 bilhões no programa e, com isso, o recolhimentos de impostos federais aumentou apenas 0,14% no mês na comparação anual, excluídos royalties.

Além da base maior em 2017, também ajudou na desaceleração o recuo na produção industrial, de 2,04% no período. “A maioria dos indicadores econômicos, no entanto, foram favoráveis”, ponderou Claudemir Malaquias.

No último relatório de avaliação de receitas e despesas, divulgado na semana ada, a previsão de arrecadação do ano caiu. De acordo com o coordenador de Previsão e Análise da Receita, Marcelo Loures, isso ocorreu porque houve mudanças em parâmetros que afetam o cálculo, como a redução na previsão de PIB de 1,6% para 1,4%.

Com isso, a projeção para as receitas istradas ou de 3,45% para 3,22%. Até outubro, essas receitas tiveram alta real de 4,49%.

Royalties

Enquanto a arrecadação de tributos mostra desaceleração, a de royalties e participações especiais ainda não sentiu o efeito da queda nos preços dos barril de petróleo e cresceu 77,54% em outubro e 54,05% no ano, o que foi decisivo para o crescimento da arrecadação total no mês (4,12%) e influenciou a alta anual (5,98%).

Para Malaquias, ainda não é possível determinar o efeito que as oscilações nos preços internacionais do produto terão sobre a arrecadação. “Há volatilidade nos últimos meses no preço, mas é cedo para fazer projeções”, completou.