Economia

ANM diz ao STF que cortes em orçamento dificultam fiscalização do ouro

ANM diz ao STF que cortes em orçamento dificultam fiscalização do ouro ANM diz ao STF que cortes em orçamento dificultam fiscalização do ouro ANM diz ao STF que cortes em orçamento dificultam fiscalização do ouro ANM diz ao STF que cortes em orçamento dificultam fiscalização do ouro

A Agência Nacional de Mineração (ANM) reclamou ao Supremo Tribunal Federal (STF) de falta de recursos para fiscalizar a extração de ouro. A agência disse ter perdido quase 50% da força de trabalho nos últimos 10 anos. “A título de exemplo, atualmente, a Agência conta com apenas cinco fiscais para a fiscalização da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração Mineral) de toda a produção mineral brasileira. Além disso, é necessária a descentralização de orçamento para investimento em tecnologia e automação; no entanto, a ANM, historicamente, vem tendo seu orçamento contingenciado”, informou o diretor-geral da agência, Mauro Henrique Moreira Sousa, via ofício.

As informações foram prestadas a pedido do ministro Gilmar Mendes, que é relator de ação apresentada pelo PV. O partido questiona o trecho de uma lei de 2013 que permite às distribuidoras de títulos e valores mobiliários (DTVMs), autorizadas pelo BC, comprarem ouro com base no “princípio da boa-fé”, a partir de informações prestadas pelos vendedores.

A ANM destacou a necessidade de instituir a obrigatoriedade da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) nas transações do ouro – hoje, esse registro é feito sobretudo em papel. A agência também disse que precisa ter o à base de dados da Receita Federal para realizar o controle adequado da produção. “O o às NF-e da comercialização do ouro pode aprimorar significativamente a capacidade da ANM no cuidado com a cadeira produtiva do metal”, afirmou.

Gilmar também pediu informações ao Banco Central (BC) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O BC disse estar estudando um novo sistema de fiscalização para rastrear a cadeia do ouro, desde a extração em áreas de garimpo. A autarquia ressaltou, no entanto, que o controle da origem do mineral não está sob sua responsabilidade.

Já a CVM disse que sua atuação é restrita à às operações com valores mobiliários, o que não inclui a negociação com metais preciosos como o ouro. “As operações com tais ativos submetem-se ao poder de polícia do Banco Central do Brasil”, informou o órgão.