Economia

Ajuste fiscal se insere no Plano Nacional de Exportação, diz Levy

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Brasília – O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta quinta-feira, 7, que o ajuste fiscal promovido pelo governo é muito mais estrutural do que arrecadatório. Segundo ele, as medidas são integradas, com o objetivo de se realizarem rapidamente. Ele ressaltou que o ajuste se insere no Plano Nacional de Exportação, a ser anunciado pelo Ministério do Desenvolvimento, com a finalidade de aumentar empregos e renda da população.

O ministro explicou que o ajuste vai criar condições favoráveis para os empresários. “Esse ajuste tem vários componentes, começou com realinhamento de preços, tem esses ajustes que são muito mais estruturais que arrecadatórios, fortalecendo a Previdência e dando dinamismo ao mercado de trabalho e à questão da desoneração”, disse.

Ele ressaltou que o governo tem uma agenda além do ajuste, como os projetos de infraestrutura, o que chamou de “agenda triplo A”.

Além disso, Levy disse que o argumento usado pelo governo de que o quadro econômico externo influencia a atual situação do Brasil “não é uma desculpa”. Perguntado se não seria mais difícil fazer o ajuste fiscal num quadro recessivo, ele explicou que o ajuste fiscal é parte de um ajuste econômico mais amplo, motivado por esse cenário.

Levy explicou que houve uma tentativa de acomodar essas mudanças de cenário, proteger diversos setores e a população, “mas há um limite nisso”. “Quando esse quadro se torna mais persistente, ficou claro que as medidas anticíclicas não eram mais sustentáveis”, disse. Ele questionou o modelo adotado até 2014, dizendo que “não pode ser pretensão do governo dizer que agora o setor a, b ou c que vai funcionar” e que “tem questões que devem ser horizontais”.

Segundo o ministro, é por esse motivo que o governo está fazendo realinhamento de preços a retomada das concessões e as medidas de ajuste. “Falar dessa mudança não é uma desculpa ou culpar a outros. O ambiente em que a nossa economia opera mudou e isso exige adaptação da forma que a gente conduz a nossa economia”, explicou. Ressaltando a importância do papel do Congresso, Levy disse que se o ajuste for feito de maneira clara e rápida, os custos serão muito menores.