Entretenimento e Cultura

11ª edição da Parada do Orgulho LGBT acontece neste domingo em Vila Velha

Cores, brilhos, alegria e um grito de 'basta' contra a homofobia marcarão o evento que acontece em Coqueiral de Itaparica

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11ª edição da Parada do Orgulho LGBT acontece neste domingo em Vila Velha
Foto: Divulgação/Organizadores

No próximo domingo (29), Vila Velha ficará mais colorida e um forte grito contra a homofobia vai ecoar pela cidade. A partir das 13 horas, acontece a 11ª edição da Parada do Orgulho LGBT do município canela-verde. Com o tema “Palavras ferem, violência mata. Basta de homofobia!”, a concentração acontece em Itaparica, em frente a Faculdade Novo Milênio, na Avenida Santa Leopoldina.

De acordo com a organização do evento, o movimento vem fortalecer a identidade de Vila Velha como uma das cidades mais amigáveis da comunidade Lésbicas, Gays, Travesti e Transexuais no Espírito Santo.

A estimativa dos organizadores é de que o evento reúna cerca de 10 mil participantes, que serão animados por artistas, voluntários, todos do Espírito Santo, que prometem divertir e conscientizar os presentes.

Para o coordenador de marketing do evento, Rafael Silva, este será um momento propício para aumentar a visibilidade da comunidade LGBT no Estado. “Nós vamos ás ruas justamente para provar que vivemos em uma condição de visibilidade e que precisamos conquistar o que é o nosso direito”, afirma.

Rafael ainda lembra que o movimento também é um grito de basta contra qualquer tipo de violência sofrida pelos integrantes da comunidade. De acordo com o Grupo Gay da Bahia, no primeiro trimestre de 2018, já foram assassinados 129 LGBTQIA*. Um levantamento realizado pela organização, aponta que, somente no Espírito Santo, foram 9 crimes do tipo noticiados.

O encerramento do evento de rua acontece, obrigatoriamente, às 18 horas e terá continuidade na boate da lendária Chica Chiclete, no cerimonial La Playa. 

Para Rafael, que declara já ter sido demitido pelo fato de ser gay, esta é a oportunidade de mostrar que os direitos podem ser iguais para todos. “Não é possível que uma pessoa seja discriminada por ser gay. Não sou preso no armário e isso me realizou. A sociedade apresenta reações por causa dos direitos conquistados. A minha demissão é um exemplo. Eu sei quem sou e tenho certeza que todos que vão estar em na Parada deste domingo também sabem!”, afirma.

Os shows desta edição da Parada ficam por conta das drags Kyanne Kieffer – Top Drag ES; Dookie Petry; Mirella Voith; Becy Brewr, a cover da Pablo Vittar. Haverá também apresentações culturais do Grupo de dança Motumbaxe e Power Rangers, além dos cantores Vanessa Ferr e Arthur Olimac. A animação fica por conta dos DJs André Kalçada, Marlos Firmino e Saul Felício.

Parada em 2017

Segundo a organização do evento, em 2017 a parada não foi realizada. Por este motivo, o organizador Renan Rilton divulgou um esclarecimento aos participantes:

“Somos os únicos que fazemos uma Parada de Orgulho sem editais públicos. O que na prática isso significa? Estamos juntos ao poder público para conseguir aumentar nossa visibilidade e pressionamos para que a PM, o Corpo de Bombeiros, a ambulância e a istração Pública com suas estruturas (banheiros químicos mais a logística da Guarda de Trânsito) venham somar nessa. Feita esta rodada de negociações, em seguida vem o setor privado que disponibiliza trio elétrico, água, lanches para os participantes voluntários do evento. É importante destacar que quem sobe no trio e se apresenta, o faz por amor à causa, já que tudo é voluntariado. Esta logística precisa ser repensada e estamos à procura de empresas que compreendam que investir no segmento LGBT do Espírito Santo dá retorno. Estamos no caminho”, publicou.

*LGBTQIA é a sigla para definir Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros, queer (atua com a ideia que abrange as pessoas de ambos os gêneros que possuem uma variedade de orientações, preferências e hábitos sexuais, ou seja, um termo neutro que possa ser utilizado por todos os adeptos desse movimento), Intersexo (pessoas em que a sua característica física não é expressa por características sexuais exclusivamente masculinas ou femininas) e assexual (pessoa que não possui atração sexual nem por homens e nem por mulheres ou que não possua orientação sexual definida).