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Patinetes devem receber regularização em até 30 dias

A maior operadora do município, a Grow, holding da Yellow e da Grim, não foi convidada pela prefeitura para a reunião. Representantes da empresa foram até o hall do gabinete do prefeito, mas não foram autorizadas a entrar

Patinetes devem receber regularização em até 30 dias Patinetes devem receber regularização em até 30 dias Patinetes devem receber regularização em até 30 dias Patinetes devem receber regularização em até 30 dias
Foto: Jaldecy Pereira

A prefeitura de São Paulo anunciou no final de sexta-feira (31) que irá regulamentar de forma definitiva o uso de patinetes elétricos compartilhados no município nos próximos 30 dias. O mais novo meio de transporte tem causado polêmica em diversos estados pelo Brasil. 

De acordo com a istração municipal, o Decreto Provisório 58.750, que atualmente regulamenta o uso do equipamento na cidade, está sendo debatido com empresas interessadas em operar o aluguel de patinetes na capital paulista.

O prefeito Bruno Covas se reuniu com oito empresas nesta semana para discutir o decreto de regulamentação definitiva. Seis delas, propam melhoramentos no texto. Duas empresas, a Scoo e a FlipOn, já se credenciaram na sexta-feira (31) e am a poder oferecer o serviço de patinetes elétricos compartilhados a partir deste sábado (01).

Elas são as únicas empresas autorizadas a prestar o serviço na cidade até o momento. De acordo com a prefeitura, se patinetes de outras empresas forem encontrados pela cidade, serão recolhidos.

A maior operadora do município, a Grow, holding da Yellow e da Grim, não foi convidada pela prefeitura para a reunião. Representantes da empresa foram até o hall do gabinete do prefeito, mas não foram autorizadas a entrar.

Segundo o prefeito Bruno Covas, como a holding ingressou na Justiça com uma ação contra o decreto, a prefeitura vai debater com a empresa por meio dos autos na Justiça. “Quem decidiu judicializar não foi a prefeitura, foi a empresa. Agora, através dos autos, na Justiça, a gente vai continuar a conversar com a empresa”, disse o prefeito.

Em nota, a Grow se disse “perplexa” com a decisão de a empresa ser barrada de participar da reunião. “De acordo com o que manifestou publicamente a prefeitura, o reconhecimento por parte do Judiciário dos direitos da empresa provocou o corte do diálogo conosco. Nossa intenção segue sendo a favor do diálogo, para que todos os agentes juntos possam chegar a uma regulamentação que favoreça a todos os cidadãos, com segurança e oferta dessa alternativa de transporte limpo e justo na cidade”, disse em nota.

Decisões judiciais

A pedido da Grow, o Tribunal de Justiça hoje determinou, liminarmente, a suspensão da obrigatoriedade do uso do capacete aos usuários de patinetes. No entanto, os demais pontos do decreto da prefeitura foram mantidos.

O Decreto 58.750 prevê o cadastramento das empresas que vão prestar o serviço de aluguel, o uso obrigatório de capacete, a circulação obrigatória pelas ciclovias, ciclorrotas ou ruas cuja velocidade máxima sejam de até 40 km/h. A velocidade máxima do patinete deverá ser de 20 km/h.

Os condutores que não respeitarem a legislação poderão responder civil, penal e istrativamente. Multas serão aplicadas às empresas, que poderão reá-las aos usuários. A fiscalização é responsabilidade dos agentes de trânsito, das subprefeituras e da Guarda Civil Metropolitana.