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Ricardo Gomes reprova atitude de Cuca, mas nega técnico sob pressão no Santos

Ricardo Gomes reprova atitude de Cuca, mas nega técnico sob pressão no Santos Ricardo Gomes reprova atitude de Cuca, mas nega técnico sob pressão no Santos Ricardo Gomes reprova atitude de Cuca, mas nega técnico sob pressão no Santos Ricardo Gomes reprova atitude de Cuca, mas nega técnico sob pressão no Santos

Na programação inicial do Santos nesta quarta-feira o técnico Cuca e o presidente José Carlos Peres concederiam entrevista ao final da tarde, após o treino do elenco, que aconteceu no CT Rei Pelé. No entanto, a assessoria de imprensa do clube informou que Peres ficou preso no trânsito, na subida da Serra, e a coletiva foi adiada.

Nos bastidores a informação era de que Cuca teria recusado falar novamente no dia seguinte à eliminação para o Estudiantes, no Pacaembu, em um duelo que terminou aos 36 minutos do segundo tempo depois que torcedores atiraram bombas em direção ao gramado e entraram em confronto com a polícia.

Quem apareceu para tentar colocar panos quentes e acalmar o clima tenso no Santos foi o diretor de futebol Ricardo Gomes. O dirigente negou qualquer empecilho com o treinador. “Não é verdade (Cuca ter se recusado). Amanhã (quinta-feira) chega o Cuca com o presidente. Estou aqui para dar uma força a vocês que ficaram esperando”, justificou Ricardo Gomes na sala de imprensa.

No entanto, aproveitou para discordar de suas declarações. Cuca comentou que o clube precisa melhorar questões internas e estruturais. “Conheço bem como é o técnico de cabeça quente. Foi uma entrevista sincera. Não concordo com o que ele disse.”

“Conversei com o Cuca sobre isso, o resultado aconteceu. Foi um dia para esquecer. O Santos ainda vai enfrentar a punição da Conmebol. A minha parte é a esportiva. Mas não há uma pressão jurídica. O treinador faz o que ele quiser em qualquer situação. O Cuca não a por essa pressão”, afirmou.

O Santos empatou com o Estudiantes por 0 a 0 no jogo de ida, na Argentina. No entanto, antes da partida de volta, a Conmebol julgou e considerou o clube culpado por escalar de maneira irregular o volante Carlos Sánchez. Como punição, a entidade alterou o placar do primeiro jogo para 3 a 0. O Santos não conseguiu reverter essa desvantagem e empatava em gols quando começou a confusão.

O descuido extra-campo ocasionou a demissão do funcionário Felipe Nóbrega, que teria como responsabilidade a inscrição e verificação dos nomes dos jogadores nas competições. Ricardo Gomes se esquivou sobre essa decisão. “Não posso responder sobre o funcionário demitido. Sobre o Sánchez: ele foi notificado. Isso está no procedimento. Sinceramente não posso responder hoje, estamos em pesquisa.”

Outra polêmica que o dirigente tentou contornar foi sobre a entrevista coletiva do garoto Rodrygo, que defendeu a postura dos torcedores, que quebraram cadeiras, derrubaram grades e tentaram invadir o campo. “Não tive nenhuma conversa com o Rodrygo. Ele tem a liberdade, vai ter uma grande carreira. Temos outras coisas para conversar. Falamos só de futebol”, minimizou.

A queda na Libertadores e os bastidores tumultuado do clube podem ainda derrubar o presidente Peres do cargo. No próximo dia 10 de setembro haverá reunião do Conselho Deliberativo e na pauta há dois pedidos de impeachment.